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Pagamento mínimo do cartão de crédito vale a pena?
Se você usa cartão de crédito e se aperta na hora de pagar a fatura, veja se realmente vale a pena pagar o mínimo. Leia o texto na íntegra!
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Evite dívidas no cartão de crédito
Ter o primeiro cartão de crédito é o começo de um sonho, até o momento de ter que decidir entre fazer ou não o pagamento mínimo. Isso porque, seu limite de crédito vai aumentando e a vontade de gastar mais é ainda maior. Porém, todas essas vantagens podem cair por terra se você não tiver dinheiro para quitar a fatura toda no fim do mês.
Nessa situação é muito fácil perder o controle das dívidas e acabar ficando com o nome sujo. Por isso, é provável que você já tenha ouvido falar de alguém que entrou um uma “bola de neve”. Isso por causa de dívidas no rotativo do cartão. Mas aqui você vai saber o que fazer quando não houver dinheiro para pagar o total da fatura do cartão.
O pagamento mínimo pode te colocar em uma pior se você não souber organizar suas dívidas, pois o valor fica cada vez mais alto. Isso se deve aos juros, multa por atraso, juros de mora e o IOF. Eles fazem com que o valor da fatura do próximo mês fique cada vez mais incabível no seu orçamento.
Sabemos que, problemas com cartão geram muitas dúvidas. Por isso, preparamos esse post para te alertar e mostrar porque você não deve pagar o mínimo da fatura. Continue com a gente para saber tudo sobre pagamento mínimo.
Como funciona o pagamento mínimo no cartão de crédito?
Geralmente o pagamento mínimo está indicado do lado do valor total da fatura, é um valor bem menor que o total e muitas pessoas optam por ele por ser uma ação simples. Além disso, para realizar o pagamento, o cliente não precisa negociar com a empresa, tornando a decisão cada vez mais prática.
O pagamento mínimo nada mais é que o recurso oferecido para o cliente que não tem condições de pagar a fatura no valor integral. Quando o mínimo é pago, o cliente entra no rotativo do cartão, isso significa que ele não ficará inadimplente nem terá o seu cartão bloqueado.
Por outro lado, o restante da fatura que não foi paga é encarado como um empréstimo. Então, é cobrado na próxima fatura acrescido de juros altíssimos e multas por atraso sobre a quantia que não conseguiu pagar.
Vale a pena fazer o pagamento mínimo no cartão de crédito?
A alternativa do pagamento mínimo pode ser uma das piores decisões que você irá tomar. Por isso, fique atento às regras e todo procedimento desse recurso oferecido para você. Afinal, o que está em jogo aqui é o seu dinheiro. E você sabe muito bem que ele não cai do céu para pagar juros e mais juros abusivos.
Vamos te dar um exemplo: Carla tem uma fatura de R$ 1.000,00 reais, mas não poderá pagar o valor total esse mês. Então, ela opta pelo rotativo e paga o mínimo no valor de 150,00 reais. Nesse caso, ela vai dever R$ 850,00 que será financiado no mês que vem.
Sobre os R$ 850,00 Carla também irá pagar o valor dos juros rotativo (por volta de 15,85%), multa por atraso (2% ao mês), juros de mora (1% ao mês) e o IOF (Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbios e Seguros). Então a próxima fatura vai sair de R$ 850,00 para R$ 948,72. Ou seja, R$ 98,72 só de encargos.
Se Carla continuar empurrando a dívida todo mês no rotativo, pagando sempre o mínimo, perceba que o valor crescerá gradualmente todo mês. Portanto, em seis meses a dívida que era apenas de R$ 1.000,00 para R$ 1.708,90 fazendo o débito multiplicar, crescendo assim a bola de neve.
Desse modo, o pagamento do valor mínimo só vai fazer você pagar ainda mais a cada mês. E com esse acúmulo de dívidas, fica cada vez mais difícil conseguir quitar tudo e voltar a ter tranquilidade nos seus pagamentos.
Vale mais a pena o pagamento mínimo ou o parcelamento da fatura?
Seja optando pelo parcelamento da fatura ou por pagar aquele valor mínimo quase insignificante comparado ao total, essas alternativas mesmo parecendo atrativas, vão demandar de você muita organização e planejamento financeiro para conseguir quitar tudo.
O financiamento é feito a parcelas a perder de vista e o pagamento mínimo é regado de juros abusivos e multas que fazem você pagar mais do que realmente deve. Ou seja, essas alternativas não vão te ajudar a longo prazo.
Lembrando que imprevistos podem acontecer e te complicarem ainda mais, impedindo que você honre os pagamentos, aumentando o risco de inadimplência.
Portanto, independente da regra, o ideal é pagar o valor integral da fatura sem choro. Assim você quita seus compromissos e não empurra a mesma dívida para o dia seguinte, que acumula e fica cada vez maior. Desse modo, estar livre para fazer novas compras sem cobrança de juros, multas ou impostos é a melhor opção.
Novas Regras do Cartão de Crédito
Para proteger o consumidor contra dívidas impagáveis, o Banco Central mudou as regras do cartão de crédito. A partir de 3 de abril de 2017 o cliente sem dinheiro para pagar o valor total da fatura poderá ficar no máximo 30 dias no rotativo.
Ou seja, no mês seguinte não haverá mais a opção de pagamento mínimo, forçando o cliente a escolher entre: pagar o valor total ou parcelar a fatura negociando com o banco. De acordo com a nova regra você tem a garantia que o valor da taxa de parcelamento será menor que a taxa de juros do rotativo.
Por fim, o valor mínimo só será disponibilizado de novo quando o cliente pagar todo o saldo devedor seja de forma integral ou parcelado. Essa regra faz com que o cliente não entre na bola de neve, que é o pagamento de juros sobre juros.
Outra mudança significativa é que até julho de 2018 o mínimo do rotativo estava limitado a 15% da fatura, ou seja, em uma fatura de R$ 1.000,00 reais o cliente pagava o mínimo por R$ 150,00 reais.
Mas desde então a regra mudou e a instituição financeira não está mais presa aos 15%, podendo estipular a porcentagem mínima da fatura com base no perfil do consumidor, no produto, ou no risco da operação. Sendo assim, o mínimo pode mudar para mais ou para menos.
O que fazer para evitar o pagamento mínimo no cartão de crédito
Aqui você vai conhecer as principais dicas para evitar o pagamento mínimo e ter tranquilidade no fim do mês. Mas antes de tudo saiba que a melhor forma de isso acontecer é investindo na sua educação financeira. Esse é um tema muito pouco conversado no Brasil e só vamos aprender a cuidar do nosso dinheiro na hora da necessidade ou quando passamos por complicações no SPC ou Serasa.
Por isso, não deixe para depois e invista seu tempo organizando suas finanças e gastos mensais. Conheça agora algumas atitudes que você pode tomar para não cair em crédito rotativo.
Estabeleça um limite de gasto com o cartão de crédito
Quando você é reconhecido pela instituição financeira como um bom pagador, eles deixam o seu limite de crédito cada vez maior para gastar com o que quiser. Porém, quanto maior o limite que eles concedem a você, maior fica a vontade de gastar.
Essa liberdade de passar tudo no cartão pode fazer com que você perca o controle das suas dívidas e não perceba que está gastando mais que o normal. E quando por fim a fatura chega no fim do mês os valores estão exorbitantes quase impossíveis de pagar.
Por isso é importante estabelecer um limite de gastos com o seu cartão. Dessa forma você não corre o risco de gastar mais do que ganha e não poder pagar depois.
Evite parcelamentos longos
Sabemos que parcelamento é uma ótima oportunidade para que as pessoas comprem produtos de alto valor em partes por mês e muitas vezes sem juros. Por isso, utilize essa oportunidade com consciência.
O risco que você corre parcelando em 12 vezes é simplesmente ter parte da sua renda comprometida por um ano inteiro. E nesse meio tempo podem ocorrer gastos inesperados ou apenas descontrole financeiro da sua parte que comprometam o pagamento no final do mês.
Por isso, na hora de fazer pagamentos opte o máximo por pagamentos à vista. Parcelar um celular em 12 vezes, por exemplo, pode fazer com que você perca o controle no pagamento quando o valor for somado com as outras compras que você também parcelou.
Portanto, evitar parcelamentos longos te dão mais segurança para utilizar o seu cartão sem se complicar no futuro.
Mas para fazer grandes parcelamentos, fique atento a todos os seus gastos e organize-os em uma planilha. Dessa forma, você sempre vai saber quando suas maiores dívidas acabam e assim pode fazer outras compras significativas com a segurança de que vai conseguir pagar.
Não faça compras por impulso
Aquela promoção relâmpago que dura até hoje pode esperar se você quiser. Geralmente, as lojas entram em promoção em datas comemorativas e significativas para o mercado, então escolha esperar, fique atento às datas e se organize financeiramente para aproveitar a próxima promoção.
Essa é uma dica importantíssima. Evite ao máximo fazer compras por impulso, pois assim você perde a chance de fazer uma compra realmente necessária com o cartão porque já gastou demais.
Para que isso dê certo, não leve o seu cartão de crédito pra todo lugar com você, ele pode fazer com que você gaste com itens desnecessários e que não estava planejado pra isso. Então para não correr o risco de se complicar no fim do mês, aprenda a se controlar financeiramente.
Apenas ande com o cartão quando tiver planos de fazer uma compra, se você sair pra todo lugar com ele, facilmente será persuadido pelas promoções e produtos que você nem sabia que precisava.
Avalie a necessidade de um empréstimo pessoal online
Empréstimo pessoal também conhecido como crédito pessoal é oferecido por instituições financeiras e é de fácil acesso, uma opção para quem precisa de dinheiro com rapidez para imprevisto ou quitar dívidas.
Há a opção de portabilidade de crédito em que é possível fazer a transferência da sua dívida para outra instituição financeira com condições melhores. Assim aumentando a competitividade entre as instituições.
Essa operação é um direito do consumidor e tem o objetivo de oferecer condições mais justas para o brasileiro que ainda paga caro em muitas linhas de crédito por falta dessa informação.
Dessa forma você tem a oportunidade de trocar uma dívida cara por outra mais barata, melhorando as condições de pagamento e reduzindo taxas de juros.
Já me enrolei nos juros do rotativo e agora?
Se o seu problema no cartão de crédito for crônico, considere seriamente cancelar esse serviço. Por outro lado, se foi uma situação pontual que pegou você desprevenido, é possível fazer as pazes com ele e passar a usá-lo com moderação.
Se você já se perdeu nos juros do rotativo do seu cartão de crédito, fique calmo que há uma saída para tudo. Agora é hora de negociar a dívida e quitar o quanto antes.
- Comece tomando consciência do valor total da sua dívida e entendendo quais são seus direitos como consumidor que está devendo para não cair em práticas abusivas.
- Pare de usar o cartão até conseguir ter controle financeiro e quitar suas dívidas.
- Some suas dívidas e o quanto você ganha para conseguir ter uma média do valor de parcelas que pode pagar por mês, para assim poder cogitar um possível parcelamento da fatura
- Você também pode fazer um empréstimo e quitar as dívidas caras, trocando os juros abusivos do cartão pelos juros do empréstimo que podem ser negociáveis e mais baixos.
Dessa forma, você não terá que fazer o pagamento mínimo do cartão de crédito por não ter recursos suficientes para quitar a fatura e nem precisará se complicar com as dívidas descontroladas.
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Revisado por / Junior Aguiar
Editor(a) sênior
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