Se você teve seu cartão de crédito clonado significa que alguém roubou seu CPF, bem como o número e o código de segurança do cartão, por meio de um link falso de banco ou lojas ou, então, pela inserção de um software malicioso no navegador que você usa para acessar a internet.

Embora especialistas afirmem que “clonar” não seja mais o termo correto, porque ele surgiu na época em que os cartões com tarja magnética eram mais comuns, a palavra continua em uso. Mas, o que interessa mesmo é que o roubo de informações bancárias é uma realidade que precisa ser combatida. 

Não clicar em links desconhecidos, antivírus atualizado, não postar fotos do cartão nas redes sociais, mudar senhas com frequência são algumas das maneiras de evitar o golpe. Porém, se mesmo assim o seu cartão foi clonado, a gente ensina o que você deve fazer para evitar outros problemas.

Então, continue a leitura e confira o que fazer nessa situação.

Antigamente, a maioria dos cartões tinha tarja magnética, aquele traço atrás do cartão que reunia informações de segurança. Hoje em dia, esse tipo de cartão ainda existe, mas os com chip são os mais usados. 

O funcionamento dos cartões com tarja magnética é assim: é preciso passar essa tarja na maquininha e depois assinar um recibo. Não precisa de senha. Para maior segurança, recomenda-se que o vendedor confira a assinatura do recibo com a do cartão e que o usuário digite o CVV, o famoso código de segurança com 3 ou 4 números que fica atrás do cartão.

O cartão com tarja deixa muitos dados expostos, por isso é mais fácil ter o cartão de crédito clonado. Mas os cartões com tarja estão com status de “coisa do passado”. Prova disso é que a Mastercard afirmou em agosto deste ano que vai aposentá-los. A operadora espera que a partir de 2024 nenhum cartão seja emitido com tarja.

Agora, se o cartão com tarja facilita a vida dos fraudadores, a tecnologia dos cartões com chip dificulta. A explicação é que o microprocessador, que é o chip, armazena dados e converte-os em dados difíceis de serem processados. Como esse cartão exige senha, o chip verifica essas informações e autoriza a transação.

Com tudo isso, você pode imaginar que o cartão com chip é impossível de ser clonado. Bom, embora seja mais difícil, o cartão com chip pode, sim, ser clonado. Então, todo cuidado é pouco quando o assunto é proteger o seu cartão.

A internet é o cenário perfeito para a bandidagem clonar cartões. Isso porque cada vez mais pessoas optam pela praticidade de usar as lojas virtuais. 

Prova disso é que no primeiro trimestre de 2021 foram realizadas 78,5 milhões de compras na internet, segundo relatório feito pela Neo Trust, ferramenta que emite relatórios sobre transações comerciais com dados reais.

A facilidade de comprar on-line associada ao descuido que algumas pessoas têm um preço: a cada 6 brasileiros, 1 teve seu cartão de crédito clonado, de acordo com pesquisa do Dfndr, maior laboratório de cibersegurança da América Latina.

Com tanta gente comprando virtualmente, maior o número de dados expostos. E as formas de roubo de dados é sofisticada, envolve a substituição dos sites reais de bancos e lojas por páginas falsas criadas por golpistas. 

Ao analisar o extrato do seu cartão de crédito você tem uma surpresa desagradável: várias compras que você não reconhece. A primeira reação é desespero, mas é importante ter sangue frio para tomar as medidas necessárias. Veja o que você deve fazer, a seguir.

Edson Ortega, vice-presidente da área de Risco da bandeira Visa aqui no Brasil, aconselha que você faça o mapeamento das lojas onde fez compras e as datas. Ao verificar que as transações descritas no histórico do cartão realmente não foram feitas por você, aí sim pode pular para o próximo passo.

Sabemos que isso é um transtorno, mas, é importantíssimo que você vá até uma delegacia para registrar um boletim de ocorrência. Com isso, você informa que desconhece as transações e também que as próximas utilizações do cartão não podem ser creditadas a você. O BO também serve para você criar um alerta de dados na Serasa.

No site “Ajuda Serasa” você pode fazer um Alerta de Documentos. Esse alerta é um aviso para as instituições credenciadas ao órgão de proteção ao crédito que itens foram perdidos, furtados ou roubados. 

Você pode fazer um Alerta Provisório com duração de 30 dias úteis para documento e 3 dias úteis para cheques. Também é possível criar um Alerta Permanente que é válido por até 5 anos.

Entre em contato com a administradora do cartão. Informe que usaram seu cartão indevidamente e peça o bloqueio. A empresa fará uma investigação e, em caso de comprovação da fraude, o banco tem obrigação de devolver o valor. Se a devolução demorar ou não acontecer, você deve acionar a Justiça para fazer valer seu direito. 

As bandeiras de cartão investem em tecnologias para evitar golpes. Porém, nós também precisamos adotar estratégias. Confira dicas para proteger seu cartão de crédito abaixo.

Agora que você já sabe o que fazer no caso do cartão de crédito clonado, que tal saber como proceder em caso de roubo? Então, leia o nosso conteúdo recomendado e confira!