Educação Financeira
Como organizar suas finanças passo a passo
Organizar suas finanças pode até parecer uma tarefa simples, no entanto, é um afazer muito importante, já que a falta de organização deste pode gerar problemas seríssimos.
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Desde o zero – finanças
Isso porque, quem não possui controle sobre suas finanças pode acabar gastando mais do que recebe, comprometendo sua renda e, eventualmente, se afundando em dívidas.
Sem uma organização adequada, além de mergulhar em dívidas, você poderá torná-las em uma ‘bola de neve’, que muitas vezes se torna muito difícil de quitar ou que pode acabar comprometendo o seu patrimônio.
Dessa maneira, você não prejudica apenas suas próprias finanças, mas até as relações pessoais com família e/ou amigos.
Portanto, para evitar que tudo isso aconteça, é preciso investir em um controle financeiro eficaz do seu dinheiro. Isso contribui para que você tenha que se preocupar menos no final do mês, além de outras vantagens, como a possibilidade de investir e multiplicar seu capital, fazer uma viagem, trocar de carro etc.
Então, para ajudá-lo nessa jornada, nós separamos algumas dicas extremamente valiosas para você saber como organizar suas finanças de uma maneira eficaz.
Tenha disciplina com suas finanças
Esse é o conselho mais importante de todos, visto que nenhuma das dicas a seguir funcionará se a pessoa não tiver disciplina para organizar as suas finanças. Seguir o planejamento traçado é fundamental.
Com isso, queremos dizer que não pode ceder às tentações do consumo que surgem a todo instante. Muito pelo contrário: é preciso se manter permanentemente focado no seu objetivo financeiro.
Faça um orçamento e anote tudo
Separar um dia para fazer um orçamento é fundamental para organizar suas finanças, portanto, é necessário analisar os gastos fixos, como prestação da casa ou do carro e mensalidade escolar — que possuem sempre o mesmo valor — além dos gastos variáveis, como conta de energia e de água, que mudam conforme o consumo. Para facilitar, faça uma tabela com todos esses elementos: despesas fixas, dívidas, pagamentos, gastos eventuais.
Anote também todas as suas receitas, tais como salário, recebimento de aluguéis, ganhos eventuais, etc. Nota: é essencial saber exatamente o quanto você realmente ganha por mês: não considere o salário bruto e sim o quanto realmente entra na sua conta-corrente após descontos como vale-transporte, Imposto de Renda, etc. Considere também rendas extras.
Defina suas prioridades
Antes de consumir, analise bem o seu orçamento disponível. É crucial saber separar o que é importante e realmente necessário, do que é apenas supérfluo.
Portanto, é indispensável avaliar se realmente a compra é por necessidade ou por impulso. Dessa forma, tome a decisão usando a razão e não a emoção. Busque se programar para comprar determinado bem. Assim, você não se endivida para adquirir o produto ou o serviço.
Poupe
Não há organização das finanças pessoais sem poupança. É a reserva de capital que permite que a pessoa enfrente situações emergenciais ou crises sazonais. Encare como compromisso a tarefa de guardar de 10% a 20% de sua receita mensal.
Mas essa dica pode parecer muito óbvia, não é mesmo? Porém, muitas pessoas preferem gastar o que sobrou no final do mês ao invés de poupar, pois, elas têm pensam que o dinheiro que sobra é muito pouco para poupar.
Caso você tenha esse mesmo pensamento, saiba que a economia não pode ser feita somente com o dinheiro que sobrou no final do mês. Ela deve ser um objetivo, pois assim você não só monitora suas despesas como também passa a ter uma projeção financeira.
Para isso, você pode determinar um valor mensal para reservar e, ao receber o salário, separar imediatamente essa quantia em um lugar diferente da conta que você usa para os gastos diários. Possuir metas é fundamental para se auto incentivar a poupar cada vez mais e para conseguir alcançar as metas estabelecidas.
Ajuste as finanças: gaste menos do que você ganha
Para atingir este objetivo com mais facilidade, crie o hábito de acompanhar os seus extratos com frequência, identificando exatamente quanto entra e quanto sai da sua conta.
Essa falta de organização financeira pode levar à incapacidade de pagar as suas contas, o que leva ao pagamento de juros que, normalmente, são exorbitantes. Dessa forma, você vai criando uma ‘bola de neve’ de modo que pode ser muito difícil reverter essa situação.
A partir do momento em que você conhece suas despesas e receitas, de modo que suas despesas sejam sempre inferiores às suas receitas, fica muito mais simples a tarefa de gastar menos do que se ganha e, consequentemente, cumprir o tópico anterior.
Corte gastos desnecessários
Caso você ainda esteja com problemas a respeito do tópico anterior, essa dica pode te ajudar muito.
Muitas pessoas não percebem o quão esses gastos podem ser prejudiciais, portanto, fique atento à eles. Dessa forma, ficará muito mais fácil ter uma vida financeira mais organizada.
Tornar esses cortes um hábito aumentará suas chances de ter um dinheiro sobrando no fim do mês também irá te ajudar a cumprir o tópico “Poupe”.
Mesmo esse corte de gastos possa parecer que você deverá abrir mão de pequenos prazeres, na prática, não é assim que funciona. Muitas vezes, cozinhar algo em casa, além de te ajudar a economizar uma grana, pode ser mais saudável para você.
Também é de extrema importância dar atenção ao cartão de crédito, pois ele cria uma sensação de poder de compra por oferecer a facilidade de pagar parceladamente, muitas vezes sem juros.
Porém, as pessoas podem acabar se iludindo e assim antecipam compras de coisas que realmente não precisam.
Pague à vista
Sempre que possível, priorize o pagamento à vista, visto que dar preferência aos pagamentos à vista, além de proporcionar descontos, ajuda no planejamento financeiro pessoal por não criar parcelas a serem pagas em vários meses, aumentando as chances de endividamento.
Como dito anteriormente, o cartão de crédito deve ser usado com cuidado para que todos os seus benefícios possam ser aproveitados e ele se torna uma boa ferramenta de consumo e para o planejamento financeiro pessoal.
Dica: opte por adquirir cartões sem anuidade e com programas que beneficiam seu cliente, como o cashback, programa de milhas, serviços adicionais, etc.
Mantenha distância de dívidas
Se você faz parte do grupo que não possui nenhuma dívida, ótimo, continue assim! Organizar as suas finanças minimiza a probabilidade de contraí-las futuramente.
Caso você possua, não as empurre com a barriga. Coloque tudo o que está devendo no papel e defina um prazo para quitação dos valores.
Uma dica importantíssima: pagar os débitos com juros mais altos evitará que tudo vire uma bola de neve, portanto, se você estiver devendo no cheque especial ou no cartão de crédito, priorize a quitação desses débitos.
Caso você queira saber mais dicas como essa para saber como quitar suas dívidas de uma maneira eficaz, clique aqui para ter acesso ao nosso blog completo sobre o assunto!
Crie uma reserva de emergência
Outro ponto importante para ter uma vida financeira organizada é criar uma reserva de emergência. Especialistas indicam que a reserva ideal seja correspondente ao valor que você precisa para se manter por seis meses.
Esse dinheiro poupado se destina às emergências, como o próprio nome diz, e impede que em momentos de desespero você precise recorrer a fontes caras de crédito, como cartão e cheque especial.
Aprimore sua educação financeira
Isso pode parecer chato, ou até mesmo entediante, mas saiba que aumentar seu conhecimento sobre educação financeira te ajudará e muito a manter suas finanças organizadas
Como sabemos, o ensino convencional no Brasil deixa muito a desejar quando o assunto é finanças. Temas como juros, inflação, investimentos e psicologia de consumo só são estudados em cursos especializados.
Saiba que, além de aprender a ganhar dinheiro, é fundamental saber como usá-lo de maneira adequada. Afinal, de que adianta ganhar bem se você gasta tudo? Por isso, não subestime a educação financeira, já que ela poderá ajudar bastante a você formar e preservar o seu patrimônio.
Para isso, há vários cursos GRATUITOS de extrema qualidade espalhados por aí na internet, portanto, não há desculpas para começar.
Envolva sua família
Ao envolver seus familiares, a prática de organizar as finanças serão bem facilitada. É fundamental que todos os membros da casa trabalhem em conjunto para ajudar a manter os gastos e a organização sob controle.
Certifique-se de que os familiares sabem qual é a real situação das finanças da casa e quais custos devem ser reduzidos no orçamento, portanto, SEJA TRANSPARENTE.
Mudar hábitos fica muito mais fácil quando os membros da casa compartilham o mesmo objetivo.
Imponha limites para o lazer
Para poupar e, assim, manter as finanças organizadas, é preciso ter muito foco e disciplina, portanto, sempre procure resistir ao convite do happy hour após o trabalho ou assistir ao show da sua banda favorita, visto que esse prazer momentâneo pode representar uma imensa dor de cabeça no futuro. Por isso, limite os gastos com a diversão.
Contudo, isso não quer dizer que você deve largar sua vida social, pois é perfeitamente possível alcançar um equilíbrio estipulando um limite de gasto para cada evento. Ademais, existem muitos programas gratuitos ou com custo reduzido para fazer.
Cuide das finanças com o uso da tecnologia
Existem diversos aplicativos financeiros e de planilhas disponíveis no mercado que podem auxiliar nessa tarefa de organizar as finanças pessoais no seu dia a dia. Há inúmeras opções de apps que irão te ajudar a monitorar seus gastos, despesas ou até mesmo suas metas.
Isso vai permitir que você identifique quais valores estão sendo gastos desnecessariamente e, assim, poderá cortá-los. O importante é aprender a controlar as finanças, economizar e cuidar melhor da sua renda.
Separe as contas pessoais das contas profissionais
Apesar de o controle financeiro ser um dever de todos os cidadãos, quando você também é uma pessoa jurídica, é necessário redobrar sua atenção.
Por isso, atente-se: caso você também for uma pessoa jurídica, saiba que é de grande importância saber separar suas contas pessoais das suas contas profissionais, e isso vai além da questão de se organizar.
Caso você não siga a dica acima e acabe usando sua renda pessoal para quitar dívidas da pessoa jurídica ou vice-versa, você poderá sofrer sérias consequências, por exemplo, a impossibilidade de organizar tanto as finanças do seu negócio, como suas finanças pessoais.
Isso porque, todo CNPJ deve fazer a conciliação bancária que é a verificação do extrato bancário da conta PJ com a declaração de entradas e saídas da empresa. Ao misturar finanças pessoais e profissionais, a conta não fecha.
Então, para evitar esse problema, o ideal é abrir duas contas bancárias diferentes: uma para pessoa física e outra para pessoa jurídica. Com isso, você evita que as contas e rendas das duas se misturem.
Cuidado com as despesas anuais
Um erro muito comum por parte das pessoas que querem organizar suas finanças é se preocupar apenas com os gastos mensais e deixar de considerar as despesas anuais, como IPVA, IPTU e seguros.
Tais gastos acabam se tornando um problema quando não são incluídos na organização financeira, visto que, se você não se planejar para pagá-los, pode ser surpreendido e acabar passando por aperto quando eles chegarem.
Por esse motivo, o adequado é reservar uma quantia para essas despesas no decorrer do ano. Uma ideia é você separar um valor específico todo mês para elas.
Não tenha medo dos produtos financeiros
Muitas pessoas acreditam que serviços financeiros tais como seguro de vida ou de carro é sinônimo de jogar dinheiro fora, mas, muitas vezes, produtos financeiros têm grande importância na gestão de finanças pessoais.
Por exemplo, se você se envolver em uma batida de carro, e não tiver nenhum seguro, você terá que arcar com um custo que não era previsto em seus planos.
Caso você não tenha uma reserva de emergência, provavelmente você terá de se envolver com dívidas ou com contratos de empréstimos emergenciais que podem ter taxa de juros mais altas.
Esses grandes imprevistos podem ter um altíssimo impacto nas suas finanças, atrasando mais ainda a organização das mesmas.
Use os serviços extras e benefícios financeiros que possui
Já fazendo um gancho com a dica anterior, use todos os serviços financeiros que você tem contratado.
Seguros de vida, residencial e de veículos costumam oferecer assistências extras como chaveiro, eletricista, etc.
Apesar de só associarmos esses serviços com situações emergenciais, estes podem nos ajudar a economizar um bom dinheiro, podendo evitar, também, uma grande dor de cabeça. Por isso, não deixe de usar todos os serviços que estão a sua disposição.
Verifique seu progresso
Todo mês, verificar como você está se saindo fará com que você evolua mais rapidamente nesse processo de organizar suas finanças.
Sempre analise se suas finanças estão se comportando dentro do planejado. E caso contrário, faça uma reavaliação e veja o que precisa ser mudado. Dessa forma, você perceberá o que há de errado muito antes.
Pense nas suas finanças no futuro
Para evitar com que você perca o foco no seu objetivo posteriormente, é importante pensar no seu futuro.
Se você trabalha com carteira assinada, certamente vai ter uma aposentadoria social, mas não é possível saber com certeza se ela será suficiente para seus gastos e necessidades no futuro.
Há diversas maneiras de garantir uma renda a mais no futuro. A primeira forma já foi citada aqui anteriormente: a reserva de emergência. A outra maneira será citada e explicada no tópico seguinte.
Estude sobre finanças e invista!
Para conseguir administrar suas economias de forma inteligente, você precisa fazê-la render de forma adequada. Pois, assim como dito anteriormente, de nada adianta acumular um volume financeiro, se for para deixar ele em uma poupança, por exemplo, e correr o risco de perder dinheiro para a inflação no longo prazo.
Sendo assim, é muito importante pensar em alocar o seu dinheiro em investimentos que te proporcionem rendimentos condizentes com o risco corrido, tendo sempre em vista quais são os seus objetivos financeiros.
Caso você tenha um perfil investidor mais arrojado, é importante dar preferência a aplicações mais arriscadas, como o investimento em ações e/ou fundos imobiliários.
Por outro lado, se você for mais conservador, o recomendável é optar por aplicações mais estáveis e seguras, como a renda fixa (Tesouro Direto, CDB, etc).
Mas lembre-se: investir incorretamente da renda variável pode resultar em perda de capital, portanto, antes de tudo, estude, entenda o mercado e os negócios, verifique o desempenho, analise cada empresa antes de comprá-la, e sempre tenha a mentalidade de se tornar sócio de grandes empresas.
IMPORTANTE: não se esqueça que só se deve pensar em diversificação de investimentos quando a reserva de emergência já estiver formada.
Conclusão sobre suas finanças
Para finalizar, vimos nesse blog que a organização financeira está diretamente relacionada com a disciplina e com os bons hábitos praticados por aqueles que objetivam uma vida financeira mais organizada.
Vimos também que possuir um controle de suas finanças pessoais são o primeiro passo para retomar o controle da sua vida financeira. Isso porque, o mais importante não é necessariamente o quanto dinheiro você ganha, mas sim, como você lida com o dinheiro.
Além disso, nós ressaltamos a grande importância que é começar a controlar as suas despesas, cortar gastos desnecessários, gastar menos do que ganha, poupar, formar uma reserva de emergência e investir.
Dessa forma, se você colocar essas dicas deste blog em prática, logo menos você perceberá o quão fundamentais elas são para alcançar a tão sonhada liberdade financeira.
Sobre o autor / Gustavo Cezar
Revisado por / Junior Aguiar
Editor(a) sênior
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