Finanças
O que é PIB e para que serve?
Sabia que o PIB tem tudo a ver com o nosso dia a dia e finanças? Pois é, veja como ele interfere em nossas vidas diariamente.
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Entenda o que é PIB
Você já deve ter ouvido muitas vezes sobre PIB nos noticiários. Só basta ligar a televisão que lá estará ele descendo e subindo, determinando a situação econômica do país. Mas o que realmente significa esse tal de Produto Interno Bruto?
Aqui você vai tirar de uma vez por todas as possíveis dúvidas sobre o que é esse importantíssimo indicador econômico e pra que ele serve. Além disso, vamos te explicar como é determinado, o que ele representa e como o PIB se relaciona com a qualidade de vida.
Queremos te mostrar que o PIB não é apenas um número, mas que tem tudo a ver com o dia a dia. Continue com a gente e confira a importância do PIB.
O que é PIB?
PIB é a sigla que representa o Produto Interno Bruto, sendo um dos principais indicadores da economia brasileira.
Basicamente, é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos em uma economia durante o período de um ano. Portanto, ele pode ser avaliado em uma cidade, bairro, um setor econômico (como agropecuária por exemplo), como também em diferentes espaços de tempo, sendo de forma anual, mensal ou semestral.
O termo foi criado em 1930 por Simon Kuznets, um economista russo. Na época, ele usou a demografia e dados estatísticos para entender quais eram os impactos do crescimento da população sobre a produtividade da região.
Para que o PIB serve?
O PIB funciona como um termômetro para a economia definindo se está indo bem ou mal. Dessa forma, quando o PIB cresce isso significa dizer que a economia está boa, as taxas de desemprego baixas e que a população possui dinheiro no bolso para gastar. Todavia quando o inverso acontece quer dizer que o país vai mal com altas taxas de desemprego e o brasileiro sem capital.
Embora o crescimento da economia implique na melhora da condição de vida das pessoas, esta não é uma condição suficiente para definir todo o bem estar social. Por isso, o PIB não pode ser visto como medida do nível de desenvolvimento de um local.
O desenvolvimento está associado a como a sociedade distribui os seus frutos e consequentemente aos impactos positivos que implicam. A partir dessa visão fica claro que, como responsável por definir se a economia de uma região vai bem ou não, não consegue atender a necessidade de avaliar o desenvolvimento do bem estar social.
Para isso, existe o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) que é mais abrangente e tem o objetivo de avaliar especificamente a qualidade de vida, a longevidade e a escolaridade da população.
Como o PIB é calculado?
Há várias maneiras de calcularmos o PIB. A forma mais fácil de estimá-lo é somando o valor de todos os serviços e produtos finais. Ou seja, todas as vendas feitas especificamente ao consumidor final devem ser computadas. Isto é, desde o pãozinho da padaria até uma diária reservada em um hotel luxuoso.
Agora que você já sabe de onde vem o “P” do PIB, vamos ao significado do “I” que de acordo com a sigla é referente a interno, representando a área onde se está sendo analisada. Por isso, são consideradas tanto empresas nacionais quanto as multinacionais que operam no local.
Se os cálculos não considerassem o território, mas apenas a nacionalidade, estaríamos falando do PNB (Produto Nacional Bruto). Veja a diferença entre as duas siglas no tópico seguinte.
Como não podemos deixar o de fora, a origem do “B” do PIB é a estimativa de Produto Bruto, nesse caso, o cálculo não leva em consideração a depreciação dos materiais. Essa depreciação diz respeito ao envelhecimento natural dos produtos como por exemplo a necessidade de fazer uma reforma no ambiente, obsolescência dos materiais de trabalho, necessidade de manutenção de alguns itens, entre outras necessidades de uma empresa que não são incluídas nos cálculos dos produtos.
Essa não inclusão da depreciação no cálculo do PIB acontece porque é um cálculo muito instável e difícil de ser estimado, por isso os economistas deixam de lado. Por isso se chama Produto Interno Bruto, mas quando a depreciação é estimada temos o Produto Líquido.
Por fim, o PIB é calculado a partir da subtração de preço de venda e custo de produção, pois dessa forma os itens não serão duplamente contabilizados, aumentando de forma artificial o PIB.
Qual a diferença entre PIB E PNB
Existem diferenças entre Produto Interno Bruto (PIB) e o Produto Nacional Bruto (PNB) e agora você vai entender essa diferença.
Diferentemente do PIB, o PNB leva em consideração as produções vendidas por empresas nacionais também fora do país, mas desconsidera as produções de empresas estrangeiras dentro do país.
Já o PIB considera a atuação das vendas no local específico contando com multinacionais e nacionais, mas desconsiderando e não contabilizando a atuação nacional em outros países.
Quais são os fatores que impactam o PIB?
Agora que você já sabe o que significa e para que serve, chegou o momento de pensarmos no que podemos fazer para o PIB subir. E existem alguns fatores que causam impactos diretos no crescimento do PIB, conheça alguns deles agora.
O fator principal é nada menos que o consumo, pois quanto mais empresas, governo e os cidadãos gastam dinheiro, o mercado tem de girar e a economia passa a “esquentar” consequentemente elevando o PIB.
Para ficar mais claro: quando você vai ao mercadinho e decide gastar um pouco mais esse mês para aproveitar alguns itens novos que chegaram na prateleira, é provável que outros consumidores façam o mesmo.
Sendo assim, quanto mais pessoas começarem a gastar mais isso garante caixa suficiente para que o dono do estabelecimento contrate mais um funcionário, por exemplo. Desse modo, elevando o atendimento do local.
Quando os consumidores têm poder aquisitivo suficiente e decidem gastar num mercadinho local, esse ato gera uma elevação do PIB local. Sendo possível observar mais poder de compra do consumidor e consequentemente uma melhor qualidade de vida.
O que o PIB tem a ver com sua vida financeira?
Mas afinal, no que exatamente o PIB impacta na nossa vida? É importante saber que as variações do PIB têm consequências diretas na inflação e nas taxas de juros, a Selic. Quer algo que impacte mais na sua vida do que os preços dos produtos que você compra? Entenda agora como essa precificação funciona.
Caso as condições do país estejam favoráveis e o PIB suba, é provável que também haja um aumento dos preços dos produtos no mercado, a famosa inflação. Neste caso, o Banco Central pode optar por aumentar a taxa de juros para conter as pressões inflacionárias e frear o consumo exacerbado.
Mas se o PIB demonstra uma queda, consequentemente o consumo também vai cair (pois será menor a quantidade de pessoas com dinheiro para gastar). E neste caso acontece o inverso, que é o Banco Central diminuir os juros para que mais pessoas tenham acesso ao crédito. Isso acontece como um estímulo para que mais pessoas se tornem aptas a consumir no mercado.
Outro fator importante é que com o PIB em alta o momento para investir é certo. Sendo assim, cada vez mais investidores passam a apostar aqui, sendo um bom momento para ver suas finanças subirem.
Outros conceitos relacionados
Para que você saia deste artigo entendendo tudo que o PIB influencia no mercado e na sua vida, selecionamos alguns conceitos que podem vir relacionados ao PIB, mas que provavelmente você não conheça.
Veja a seguir as principais expressões que tem tudo a ver com o PIB:
- PIB per capita: Como devemos saber, a população mundial vai continuar crescendo nas próximas décadas. Por isso, o crescimento da renda deve ser suficiente para que todas as pessoas que estão vindo ao mundo tenham um padrão de vida tão bom quanto o dessa geração. Desse modo, o PIB per capta nada mais é que o PIB dividido pela população.
- Distribuição de renda: A maneira como o valor dos produtos é distribuído, é o que forma a renda de todos os envolvidos no processo. Por exemplo: o preço do pão envolve a mão de obra do padeiro, o valor do trigo, fermento e dos demais ingredientes que paga todos que cultivaram a matéria prima, além do trabalho do atendente e muitos outros envolvidos.
- Recessão: É basicamente um período de crescimento econômico negativo. Também usualmente chamada de estagnação, mas quando esse período perdura numa longa fase de crescimento negativo ele é chamado de depressão. Para identificar a recessão, o critério técnico usado é de um limite de dois trimestres em crescimento negativo. Esse período resulta em um aumento do desemprego e reduções de investimentos privados.
- Estagflação: É uma recessão (ou estagnação) que funciona com o aumento no nível de preços, ou seja, a inflação. Esse é um dos piores momentos da economia de um país, em que o desemprego fica em taxas altíssimas e o poder de compra dos salários é corroído pelo alto valor dos produtos.
E o PIB brasileiro?
Todos os anos o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publica o resultado do Produto Interno Bruto brasileiro. Sendo o ano de 2020, com catalisadores como a pandemia do vírus Covid-19 que ajudou a despencar o PIB do Brasil, foi o ano de maior tombo da história desde o início da série histórica atual do IBGE (iniciado em 1996).
O PIB per capita também teve queda histórica significativa de 4,8%, a indústria recuou 3,5% e serviços, 4,5%. O crescimento se deve apenas à agropecuária que comportou um aumento de 2%.
PIB brasileiro e Covid-19
Então, esse resultado se deve ao efeito da pandemia do Covid-19, num cenário em que diversas atividades econômicas foram parcial ou totalmente paralisadas para a segurança da população. Desse modo, parando também a produção de bens, gerando efeito significativo no PIB brasileiro.
Mesmo com a flexibilização do distanciamento social, muitas pessoas permaneceram receosas de consumir principalmente alguns serviços por risco de provocar aglomerações. Desse modo, afetando ainda mais a economia.
É possível observar na prática o impacto que é para uma sociedade quando a economia para de se movimentar e passa a esfriar. O desemprego em 2020, por exemplo, também bateu recorde, atingindo cerca de 13,4 milhões de brasileiros. Sendo a taxa média de desemprego 13,5% a maior já registrada desde o início da série histórica em 2012.
O PIB brasileiro vinha num crescimento tímido de 2017 para 2019, mas infelizmente obteve uma queda abrupta levando o Brasil a um patamar semelhante ao que a economia brasileira se encontrava entre o final de 2018 e início de 2019.
Setor de serviços mais prejudicado
Este setor representa cerca de 70% do PIB e foi o mais afetado devido às medidas restritivas. A subcategoria “outras atividades e serviços” foi a mais afetada, e é a que inclui restaurantes, academias e hotéis, com um tombo de -12,1%.
Este segmento crescia sua participação anualmente em 2010, representando nesta época 15,7% do PIB. Já em 2019 obteve uma participação de 18%, porém em 2020 houve uma queda significativa, recuando sua participação no PIB para 16,2%.
Conclusão
Esse artigo está cheio de informação, não é? Para facilitar um pouco mais pra você vamos fazer um breve resumo pra você fixar as informações mais importantes:
O PIB mede a atividade econômica de uma região através de cálculos que relacionam a oferta e a procura de bens e serviços.
Sendo importante destacar que o resultado do PIB é um fator importante para a realização do cálculo de salário mínimo do Brasil.
Por isso que o PIB é chamado de termômetro da economia, pois quanto maior for o índice em um país, maior é a sua atividade econômica. E quanto mais atividade econômica no país, mais há venda, compra, investimentos e o mais importante, dinheiro no bolso dos brasileiros.
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Revisado por / Junior Aguiar
Editor(a) sênior
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